Manuela interrou-se nos cobertores e escutou Carla abrir a porta do quarto.
-Ela está dormindo!- gritou para as escadas. Foi um grito baixo e abafado, mas ecoou para o resto da casa.
A porta se fechou e ela checou se estava mesmo sozinha agora.
" Está tudo bem agora! era Carla, a outra parte da história.
Nunca fui contra meu pai conhecer outra mulher, redescobrir o amor, afinal le era livre. Mas nunca pensei que seria tão difícil aceitar Carla beijando e abraçando meu pai como mamãe fazia.
No iníciopensei que ela fosse apenas uma namoradinha do meu pai, mas hoje percebi que já faz um ano e meio que estão juntos e ela está mais presente em nossas vidas a cada dia que passa.
Eu quero muito aprender a vê-la como uma amiga,alguém que possa contar, mas ainda é estranho pra mim."
Ela colocou o bloco de papel na mesinha de cabeceira, junta a caneta. As palavras escritas ainda pairando na mente enquanto deixava o sono abrangir sua noite solene.
O sol forte ás seis da manhã atravessou a janela no rosto de Manu, mas não foi isso que a acordou,o despetador do celular já havia tocado cinco minutos antes e a essa altura já estava no banho.
Carla olhou por cima dos ombros enquanto preparava o café e viu manuela de uniforme se aproximar.
- Bom dia Manu- disse gentilmente.
Ela ia respondendo observou o que Carla vestia. A camisola rosa clara caída até os joelhos era familiar demais para ainda ter dúvidas. Ela uniu as sobrancelhas e apertou os lábios sentindo o calor da raiva subir e transparecer nos olhos.
- é-é... É a camisola da mamãe?- indagou ela apontando com o dedo,e lhando feio para Carla.
Frank apareceu na porta da cozinha,com um sorriso alegre que desapareceu ao perceber a expressão das duas.
- O que esta acontecendo?- a voz autoritário mas confusa.
Ele observou o dedo apontado de Manuela, e deu-se por entendido.
- Querido...
- Pai- interrompeu ela aos gritos.- Ela ta usando a camisola da mamãe.- acusou.
- Sim ela está!- confirmou ele sem se abalar com a filha.
- Manuela, seu pai insistiu para eu usar, não pensei que você iria....
- Deveria ter pensado. Vocês dois! Sabe que camisola é essa não sabe?você sabe nao é pai!- ela estava completamente descontrolada, eFrank ficava cada vez mais assustado.
- Por isso pedi para que ela usasse.- mas ele parecia não conseguir expressar isso.
- Pai!- gritou ela chamando a atenção.
- Querida, precisa entender que...
-Que o que? Que mamãe está morta, é isso?- as lágrimas já brotando no canto dos olhos.
Um silêncio absoluto preencheu o momento. Frank continuou com a expressão dura, embora uma grande dor o tivesse abatido.
- Quer saber... esquece- Ela saiu balançando a cabeça.
- Manuela ! onde você vai?- perguntou Frank a observando sair pela porta.
- Pra escola.-!- respondeu com a voz rouca.
- Não pode ir a pé.- respondeu com ar de deboche.
- Não me importo! é melhor assim.- grunhiu ela.
- Vai chegar atrasada.- insistu ele, fazendo manuela parar e encará-lo.
- Não tem problema- respondeu de cara fechada.
Enfim ela lhe deu as costas ignorando-o. Uma lágrima escorreu pelo rosto rígido e duro, enquanto ela caminhava pelos quarterões. Os pés já doloridos quando chegou na escola, cinco minutos depois do sinal.
Tah mto show San,so nuam sei como pensar assim...
ResponderExcluirparebéns...