Páginas

13 de janeiro de 2011

Você era o único que poderia me salvar...

Você estendeu a mão pra mim, e eu a serugurei com força. Uma lágrima rolou por meu rosto. Meu coração chorava aos gritos que se acalmavam com a musica lenta de sua voz, que se despia em meus ouvidos. Você me dizia palavras doces e carinhosas, e eu disse que te amava. Mas eu te amava por ter me tirado da escuridão quando eu mais precisei, por ter me envolvido em seus braços e cantarolado pra mim enquanto eu chorava. Por ter o curativo certo para curar meu coração, e por ter me levado para um lugar que me fez esquecer da tempestade lá fora.
Acordei com você em meus braços, dormindo como um anjo e percebi que te amava, mas nunca disse-lhe isto. Fui embora antes que você abrisse os olhos , deixando-lhe um bilhete, dizendo claramente que o melhor era irmos devagar para tudo dar certo. Imaginei que você estivesse esperando por mim.
Três dias depois, com sua ausência, finalmente te encontrei. Você estava sorrindo, mas nas suas palavras não haviam mais aquele fascínio. Em sua voz não tinha mais encanto e seus olhos não brilhavam mais pra mim. E eu entendi que te deixei esperando tempo demais, e que quando percebi a realidade, já era tarde.
Três dias foi o suficiente para você se apaixonar por outra pessoa. E sabe de uma coisa... eu não o culpo. Eu amava outra pessoa quando você tentava chamar a minha atenção... brigamos um dia mais você nunca deixou de me amar... e agora? O que vai acontecer?
Isso me atingiu mais forte do que eu pensava que poderia atingir. Eu tinha esperanças...
você era o único que podia me salvar. E eu estou caindo de novo...
Talvez não seja tarde demais meu amor...

8 de janeiro de 2011

será? o que? está mesmo acontecendo?

Estou bem- no sentido sobrenatural- sou humana outra vez.
Nos últimos dias, procurei excluir pensamentos ruins, e senitmentos
dolorosos. Descobri que não posso viver sem ele.
Pois hoje consegui me livrar daquilo que torna as coisas superficiais, e
o que aconteceu? Todo o peso que eu carregava isolado em meu peito,
caiu sobre mim de uma vez só.

Não tem idéia de como doeu, não imagina o que senti, foi horrível.
Por isso sei que se as coisas não forem como "ELE quer, -"eu quero",
não vou suportar essa dor.

Se eu chorei? eu diria que chorar foi uma forma de aliviar toda a angustia
em meu peito, ou me livrar do peso que ainda sinto. Ou talvez pelo motivo
de me acostumar a chorar...

Estou sabendo viver com isso, ele não me pertuba mais, pelo contrário,
está me ajudando e se adaptando a minha mente, ao meu corpo.
Será possível se apaixonar por si mesmo? ou isso é só um vício ou paranóia?

7 de janeiro de 2011

Capítulo 1- continuação

Manuela interrou-se nos cobertores e escutou Carla abrir a porta do quarto.

-Ela está dormindo!- gritou para as escadas. Foi um grito baixo e abafado, mas ecoou para o resto da casa.


A porta se fechou e ela checou se estava mesmo sozinha agora.

" Está tudo bem agora! era Carla, a outra parte da história.

Nunca fui contra meu pai conhecer outra mulher, redescobrir o amor, afinal le era livre. Mas nunca pensei que seria tão difícil aceitar Carla beijando e abraçando meu pai como mamãe fazia.

No iníciopensei que ela fosse apenas uma namoradinha do meu pai, mas hoje percebi que já faz um ano e meio que estão juntos e ela está mais presente em nossas vidas a cada dia que passa.

Eu quero muito aprender a vê-la como uma amiga,alguém que possa contar, mas ainda é estranho pra mim."


Ela colocou o bloco de papel na mesinha de cabeceira, junta a caneta. As palavras escritas ainda pairando na mente enquanto deixava o sono abrangir sua noite solene.

O sol forte ás seis da manhã atravessou a janela no rosto de Manu, mas não foi isso que a acordou,o despetador do celular já havia tocado cinco minutos antes e a essa altura já estava no banho.

Carla olhou por cima dos ombros enquanto preparava o café e viu manuela de uniforme se aproximar.

- Bom dia Manu- disse gentilmente.

Ela ia respondendo observou o que Carla vestia. A camisola rosa clara caída até os joelhos era familiar demais para ainda ter dúvidas. Ela uniu as sobrancelhas e apertou os lábios sentindo o calor da raiva subir e transparecer nos olhos.

- é-é... É a camisola da mamãe?- indagou ela apontando com o dedo,e lhando feio para Carla.

Frank apareceu na porta da cozinha,com um sorriso alegre que desapareceu ao perceber a expressão das duas.

- O que esta acontecendo?- a voz autoritário mas confusa.

Ele observou o dedo apontado de Manuela, e deu-se por entendido.

- Querido...

- Pai- interrompeu ela aos gritos.- Ela ta usando a camisola da mamãe.- acusou.

- Sim ela está!- confirmou ele sem se abalar com a filha.

- Manuela, seu pai insistiu para eu usar, não pensei que você iria....

- Deveria ter pensado. Vocês dois! Sabe que camisola é essa não sabe?você sabe nao é pai!- ela estava completamente descontrolada, eFrank ficava cada vez mais assustado.

- Por isso pedi para que ela usasse.- mas ele parecia não conseguir expressar isso.

- Pai!- gritou ela chamando a atenção.

- Querida, precisa entender que...

-Que o que? Que mamãe está morta, é isso?- as lágrimas já brotando no canto dos olhos.

Um silêncio absoluto preencheu o momento. Frank continuou com a expressão dura, embora uma grande dor o tivesse abatido.

- Quer saber... esquece- Ela saiu balançando a cabeça.
- Manuela ! onde você vai?- perguntou Frank a observando sair pela porta.
- Pra escola.-!- respondeu com a voz rouca.
- Não pode ir a pé.- respondeu com ar de deboche.
- Não me importo! é melhor assim.- grunhiu ela.
- Vai chegar atrasada.- insistu ele, fazendo manuela parar e encará-lo.
- Não tem problema- respondeu de cara fechada.
Enfim ela lhe deu as costas ignorando-o. Uma lágrima escorreu pelo rosto rígido e duro, enquanto ela caminhava pelos quarterões. Os pés já doloridos quando chegou na escola, cinco minutos depois do sinal.

6 de janeiro de 2011

Cápitulo 1

Ela se levantou rapidamente para fechar a janela, sentou-se outra vez apreensiva. Os olhos vagando entre uma parede e outra observando alguns quadros e passando o olhar distraído para a televisão que monstrava imagens desconhecidas e silênciosas.
Carla bateu panelas na cozinha, raivosamente, procurando algo que com certeza não achava. Manuela absorveu os barulhos em silêncio e voltou a fingir prestar atenção na TV.
Manuela se sentia estranha em relação a frequencia com que Carla frequentava sua casa. Quero dizer,a casa de seu pai.
depois que sua mãe morreu, ela e Frank sofreram muito. Mas sempre sentiu que sofreu mais. Manu tinha onze anos quando viu a mulher que ela mais admirava no mundo ser enterrada. Frank não demonstrava interesse em outra mulheres a não ser ela, a quem dedicou todo seu tempo até conhecer Carla.
Embora ela já tivesse bem crescida aos quinze anos, ainda não se sentia bem em ver outra mulher na vida de seu pai. Carla era ótima, sempre tentava se aproximar o máximo de Manu. Mesmo elas se dando bem, ainda existia a hesitação.
Ela correu para seu quarto as nove horas dpeois do jantar. Vasculhou nas gavetas um bloco de papel em branco, esperando que lhe ajudasse a refletir melhor sobre o que sentia. A canet escorregou de suas mãos duas vezes e a folha de papel continuava em branco. O quarto parecia vazio, embora várias caixas e papéis jogados em cima de seu armários e o guardaroupa semi-aberto monstrando roupas jogadas e emboladas, tornassem aquele o seu mais perfeito lar e refúgio.
Então ela jogou um travesseiro nas costas e outro no colo, encima dos cobertores, para apoiar bloquinho retângular...
"Querido... ér... bloquinho de papel"
Começou ela, com risos na mente.
" Kristine Morrison é a minha mãe. Ela morreu há quase cinco anos e eu ainda espero ela vir me beijar e dizer:
- Boa noite meu anjo!, dormeu com Deus e nunca se esqueça...
- Eu te amo- diziamos juntas.
Ela era a melhor mãe do mundo. Estava voltando pra casa quando sofreu o acidente de carro. soubemos quando ela já estava no hospital... e já era tarde, lá só restava um corpo esguio e magro, da cor pálida, fria e morta com um coração sendo doado.
Frank Charlie Morrison é o meu pai. Ele era tão alegre alegre e divertido, que quando ele entrou pela primeira vez na casa vazia em silênicio e preparou o jantar depois de enterrarmos a mamãe, senti que sería assim pra sempre. Mas por um ano, ele demonstrou luto pela mamãe, e depois mefez ver que as coisas estavam se ageitando evoltando ao normal.- não tão normal.-'
Superei... demonstrei superar para ajudá-lo, mas sonho todas as noites que ela irá passar pela porta do meu quarto e dizer que está tudo bem agora.
Acho que vem vindo alguém"
Ficção-> Espirais do vento...